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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Judas Priest: vocalista original relata primórdios





A Stalker Magazine conduziu recentemente uma entrevista com o vocalista original do JUDAS PRIEST, Al Atkins, que contou histórias sobre os primórdios da banda.

Por quais bandas passou antes da 1ª formação do JUDAS PRIEST?

Atkins: "No final de 1968 eu estava numa banda que eu chamei de THE CHAPTERS OF LIFE, mas nossa agência achava o nome grande demais e nos renomeou JUG, e já que estavam conseguindo vários shows para nós, eu não reclamei. Uma noite num show, estávamos tocando com SPOOKY TOOTH e SLADE, e então uma banda chamada EVOLUTION, gerenciada pelo empresário do Black Sabbath, Jim Simpson, veio falar comigo, e me chamou para uma turnê de três meses ao Marrocos, o que me seduziu, então eu deixei o JUG. Não muito após ter me juntado a eles, Jim Simpson me disse que além de cantar no EVOLUTION, eu também deveria dirigir o ônibus da turnê, então eu o mandei praquele lugar, 'Eu sou um vocalista, não uma porcaria de um roadie', eu disse a ele. E naquela época minha antiga banda havia se separado, então formei outra com alguns membros com os quais eu já havia tocado antes, como John Perry (guitarra), Bruno Stapenhill (baixo) e John Partridge (bateria). Esse foi o começo do JUDAS PRIEST".

Quando o Judas Priest se formou? Por quanto tempo você esteve com a banda?

Atkins: "JUDAS PRIEST se formou em 1969. Não tive um bom começo porque John Perry (18 anos) se matou. Fizemos audições para um novo guitarrista, e um jovem rapaz que veio era K.K Downing – ou Kenny, como nós o conhecíamos na época- mas ele não tinha experiência e não conseguiu o posto. Quem conseguiu foi um rapaz chamado Ernie Chataway. Nós fizemos uma turnê pela Inglaterra e fizemos algumas gravações demo de algumas das minhas canções e conseguimos um contrato de três anos com a Immediate Records em Londres, mas não muito depois do contrato assinado eles faliram. Nós nos separamos e eu formei o JUDAS PRIEST MK2 em 1970 com KK (guitarra), agora mais experiente, e Ian Hill (baixo). Na bateria tínhamos John Ellis. Após ir pra cima e pra baixo em turnê e abrindo para bandas como BUDGIE, STATUS QUO, Black Sabbath e THIN LIZZY – só para dizer alguns nomes – e passando por três mudanças de bateristas, que foram Alan Moore e Chris Campbell, eu eventualmente os deixei em maio de 1973 e fui substituído por Rob Halford".

Essencialmente, você era a força dominante por trás do clássico álbum “Rocka Rolla”. Quais foram suas idéias para a gravação dessas faixas clássicas?

Atkins: "Eu era o compositor principal da banda e algumas das canções como 'Winter' foram sobre a turnê na Escócia durante o gélido inverno de 1970 e nós presos numa tempestade de neve à noite, numa montanha e tendo que ser retirados na manhã seguinte. 'Caviar and Meths' era nosso grand finale de 10 minutos quando tocamos ao vivo e era sobre duas pessoas e suas diferentes vidas; uma tinha toda a sorte do mundo e dinheiro, a outra uma dura vida sem nada. O PRIEST encurtou a música 'Rocka Rolla', mas eu não sei o porquê. Eu gravei a versão completa no meu álbum solo 'Heavy Thoughts'. 'Never Satisfied' é sobre as eternas mudanças em nossas vidas. Eu a escrevi em 1972 e Rob a gravou ao vivo no 'Crucible' alguns anos atrás. Também teve uma releitura pela banda de Los Angeles ARMORED SAINT, mas não ouvi a versão deles. K.K estava escrevendo sua primeira canção quando eu os deixei em 1973, chamada 'Run Of The Mill'. Em 'Sad Wings of Destiny' havia duas minhas – 'Dreamer Deceiver' e 'Victim of Changes'. 'Victim' foi feita de duas canções: a minha era 'Whiskey Woman' e a de Rob era 'Red Light Lady', e no fim das contas a banda as juntou e a renomeou, sendo agora um clássico de todos os tempos".

Você gosta das releituras das suas músicas pelo STEEL PROPHET e ARMORED SAINT, além das outras?

Atkins: "Sim, foram releituras brilhantes das minhas velhas músicas que o Judas Priest fez com que ficassem famosas ao longo dos anos".

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