Pesquisar este blog

sábado, 18 de setembro de 2010

Kurt Cobain: vida complexa e morte misteriosa




Ele foi um dos artistas mais extraordinários surgidos em todos os tempos. Dono de uma brilhante veia artística, foi um grande compositor e músico, mas igualmente teria dado certo como pintor ou desenhista. Teve uma infância muito feliz, mas com o divórcio de seus pais, tornou-se uma pessoa amarga e problemática, com fortes sentimentos de inferioridade e inadequação. O divórcio realmente o incomodou fortemente, e Kurt demonstrou isso por diversas vezes: “That legendary divorce is such a bore” (Nota do redator: trecho da canção “Serve The Servants”, que traduzida fica, “aquele lendário divórcio é um saco”).

Foi uma criança hiper-ativa, medicada desde cedo com remédios diversos, iniciando na infância a sua futura dependência química – e pesquisas comprovam que a maioria dos dependentes começou quando criança.

Pisciano, hiper sensível, teve uma vida que nem ele mesmo previu nos seus melhores sonhos. Tornou-se famoso, riquíssimo, requisitado, adorado, e teve que lidar com tudo o que mais desprezava nos artistas mainstream. A música era sua fuga, sua única alternativa, mas tornou-se seu martírio público. Compôs músicas e discos que se tornaram referência, e com mérito. Foram canções simples, porém com muito apelo pop, isso sem perder a distorção e ironia.

Quando adolescente viveu em casas de parentes, colegas, e embaixo de uma ponte – dados indicam que isso foi criado por ele – e com sua arte passou a andar de limusines (o que ele odiava), e se tornou dono de muita grana e até mesmo mansões.



Um dos fatos infelizes em sua vida foi ter conhecido Courtney Love, que mais tarde tiraria quase tudo que ele tinha conquistado com seu talento. Uma questão, em se tratando de Nirvana, sempre foram as drogas. Havia uma espécie de conexão do grupo com isso, mas uma pergunta que fica é: sem as negativas influências da heroína e demais drogas, a arte do Nirvana teria sido tão relevante? É questionável.

Sucesso, grana, exposição… Nada disso parece ter sido suficiente para tornar Kurt uma pessoa mais feliz e tolerante. Com o Nirvana, tudo era oito ou oitenta; ou o show era espetacular ou um fiasco, como por exemplo foram os realizados no Brasil, em 93… Péssimos, com execuções chulas, e com um Kurt em síndrome de abstinência, chegando ao ridículo de cuspir nas câmeras da Globo e sair de quatro do palco em São Paulo.

Até hoje o acústico deles pra MTV é considerado como um dos mais interessantes, e para os mais observadores foi uma espécie de despedida da banda, com o cenário fúnebre e tudo que envolveu o espetáculo. Kurt Cobain foi um extremo dependente químico, e no caso grave como o dele, somente internação a força por vários meses talvez teria algum êxito.

Sua morte ocorreu em abril de 1994, na sua mansão em Seattle, e até hoje não foi totalmente aceita e esclarecida – inclusive existe um site, chamadao de “Justice For Kurt“, que trata deste assunto. Como ele poderia ter puxado o gatilho, se ele tinha no sistema sanguíneo altíssima concentração incapacitante de heroína? Como a espingarda não tinha suas impressões digitais? Enfim, existem inúmeras teorias de que ele teria sido assassinado, e não cometido suicídio.

Kurt foi um mito, e até mesmo na sua morte foi complexo. Foi um dos últimos artistas que realmente valeram à pena neste mundo. O Nirvana foi uma banda completa e espetacular. Dave era e é um músico completo, baterista excepcional, cantor muito bom, e Krist sempre mandou muito bem no baixo, e foi tão responsável pelo sucesso da banda quanto Kurt. Era ele quem carregava tudo em seu carro, no início, viajando até mesmo entre cidades para possibilitar os ensaios.

Fica minha sugestão como curiosidade a todos, ouvirem a faixa “Marigold”, na qual Dave cantou e tocou guitarra, enquanto Kurt tocou bateria.

Por isso tudo e muito mais, Kurt Donald Cobain, esteja onde estiver, descanse, enfim, em paz.

Fonte desta matéria: Blog Imprensa Rocker

Nenhum comentário:

Postar um comentário